À companhia que detém o Pingo Doce, em Portugal, e a Biedronka, na Polónia, a Deloitte atribui receitas de 20,5 mil milhões de dólares, enquanto à empresa liderada por Cláudia Azevedo, as receitas são de 6,7 mil milhões de euros, sendo que, no caso da Sonae, os números incluem a Sonae MC, Sonae Fashion, Worten e Maxmat e excluem a Sport Zone que, desde fevereiro de 2018, deixou de contabilizar as contas na Sonae na sequência da respetiva integração no Iberian Sport Retail Group.
O estudo da Deloitte revela que as 250 maiores empresas mundiais de retalho geraram um total de receitas de 4,74 biliões de dólares (cerca de 4,3 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2018 (correspondente ao exercício encerrado até junho de 2019), um aumento de 210 mil milhões de dólares em relação ao ano fiscal transato, que representa um crescimento de 4,1%, segundo o estudo GPR 2020 da Deloitte.
As cadeias norte-americanas dominam o top-10 do ranking global dos 250 maiores retalhistas, com a A Wal-Mart, com receitas superiores a 500 mil milhões de dólares, a manter a liderança, seguida da Costco Wholesale, que mantém a posição do ano anterior e da Amazon que entra pela primeira vez no pódio, registando o maior crescimento de receitas (18,2%) do top-10, justificado pelo forte aumento de vendas na América do Norte e na Alemanha.
Os 10 maiores retalhistas mundiais contribuíram em 32,2% para a receita total gerada no ano fiscal de 2018, um valor acima dos 31,6% registados no exercício anterior. O crescimento de receitas das empresas no top-10 (6,3%) ultrapassou a média do ranking total, que se fixou nos 4,1%. Além disso, e apesar do aumento da competitividade do mercado, dos custos de mão-de-obra e do investimento feito em e-commerce, a margem de lucro líquida total das 10 maiores empresas aumentou em 0,5%.
O retalho alimentar, com 136 empresas, é o setor que mais contribuiu para o Top 250, representando 66,5% do total de receitas geradas no ano fiscal de 2018. As empresas desta área de atividade têm a maior receita média do retalho (23,2 mil milhões de dólares no período em análise), no entanto apresentam as margens de lucro mais baixas entre todos os setores em estudo (2% no ano fiscal de 2018).
“Apesar do crescimento registado ao nível de receitas dos maiores retalhistas mundiais, há ainda muita incerteza relativamente aos resultados que o ano de 2020 pode trazer, quer pelas consequências político-económicas do Brexit, uma vez que o Reino Unido tem um peso significativo no setor do retalho, quer pelo impacto da epidemia de coronavírus na economia chinesa e global. Ambos os fatores poderão vir a condicionar e alterar o comportamento dos consumidores a nível mundial”, refere Duarte Galhardas, líder de Consumer da Deloitte.
notícia extraída www.distribuicaohoje.com